A autorregulação da
aprendizagem é uma prática emancipadora que favorece o crescimento pessoal do
indivíduo, levando o aluno a conseguir melhores resultados acadêmicos. Mas o
que vem a ser essa autorregulação da aprendizagem?
Todo estudante precisa
aprender a exercer o controle consciente e intencional sobre os seus processos
cognitivos, motivacionais e metacognitivos para se tornar, efetivamente, um sujeito
corresponsável pelas suas próprias aprendizagens. Dessa forma, o aluno estará
se autorregulando para aprender e alcançar seus objetivos.
Os professores
brasileiros contemporâneos precisam repensar suas práticas e ensinar aos alunos
não somente os conteúdos curriculares, mas também métodos de estudo (hábitos e
estratégias), para que eles sejam indivíduos capazes de: (a) refletir sobre
transformações sociais, políticas e econômicas; (b) agir com autonomia e
independência; (c) gerir o grande volume de informações com o qual se deparam;
(d) resolver problemas e (e) serem criativos. Isso tudo contemplando a
construção de significados pessoais e subjetivos e valorizando aspectos
sociais, biológicos e psicológicos.
Pais e professores podem
influenciar a autorregulação dos estudantes, os incentivando a se conscientizarem
nessa direção. Mas essa decisão cabe ao aluno, uma vez que nenhuma intervenção
externa, por si só, tem efeito se não for percebida, interpretada e assimilada
pelo sujeito. As concepções de aprendizagem dos pais também são importantes
porque determinam o valor que o estudante atribui ao ato de aprender.
Quanto aos aspectos
afetivos e emocionais que cercam a autorregulação, os alunos devem estar
motivados para se envolveram ativamente no processo educativo, mesmo que diante
de uma atividade considerada desinteressante por eles. Tratam-se de fatores
muito delicados porque os estudantes podem, a qualquer momento, criar
resistência ou abandonar determinada tarefa em função de sentimentos negativos.
A universidade precisa
formar professores que saibam ensinar os alunos a autorregularem suas
aprendizagens, para que esses estudantes: (a) assumam um papel construtivo nas
suas próprias aprendizagens ao longo da vida; (b) modifiquem seu
desenvolvimento a partir da seleção, compreensão e assimilação de informações e
(c) transfiram os conhecimentos acadêmicos às situações do cotidiano.
REFERÊNCIA:
FREIRE, L. G. L. Auto-regulação da
aprendizagem. Ciências & Cognição,
Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 276-286, jul. 2009.
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