segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Autorregulação da aprendizagem


A autorregulação da aprendizagem é uma prática emancipadora que favorece o crescimento pessoal do indivíduo, levando o aluno a conseguir melhores resultados acadêmicos. Mas o que vem a ser essa autorregulação da aprendizagem?
Todo estudante precisa aprender a exercer o controle consciente e intencional sobre os seus processos cognitivos, motivacionais e metacognitivos para se tornar, efetivamente, um sujeito corresponsável pelas suas próprias aprendizagens. Dessa forma, o aluno estará se autorregulando para aprender e alcançar seus objetivos.
Os professores brasileiros contemporâneos precisam repensar suas práticas e ensinar aos alunos não somente os conteúdos curriculares, mas também métodos de estudo (hábitos e estratégias), para que eles sejam indivíduos capazes de: (a) refletir sobre transformações sociais, políticas e econômicas; (b) agir com autonomia e independência; (c) gerir o grande volume de informações com o qual se deparam; (d) resolver problemas e (e) serem criativos. Isso tudo contemplando a construção de significados pessoais e subjetivos e valorizando aspectos sociais, biológicos e psicológicos.
Pais e professores podem influenciar a autorregulação dos estudantes, os incentivando a se conscientizarem nessa direção. Mas essa decisão cabe ao aluno, uma vez que nenhuma intervenção externa, por si só, tem efeito se não for percebida, interpretada e assimilada pelo sujeito. As concepções de aprendizagem dos pais também são importantes porque determinam o valor que o estudante atribui ao ato de aprender.
Quanto aos aspectos afetivos e emocionais que cercam a autorregulação, os alunos devem estar motivados para se envolveram ativamente no processo educativo, mesmo que diante de uma atividade considerada desinteressante por eles. Tratam-se de fatores muito delicados porque os estudantes podem, a qualquer momento, criar resistência ou abandonar determinada tarefa em função de sentimentos negativos.
A universidade precisa formar professores que saibam ensinar os alunos a autorregularem suas aprendizagens, para que esses estudantes: (a) assumam um papel construtivo nas suas próprias aprendizagens ao longo da vida; (b) modifiquem seu desenvolvimento a partir da seleção, compreensão e assimilação de informações e (c) transfiram os conhecimentos acadêmicos às situações do cotidiano.

REFERÊNCIA:

FREIRE, L. G. L. Auto-regulação da aprendizagem. Ciências & Cognição, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 276-286, jul. 2009.

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